O processo seletivo da Prefeitura de Mamanguape, que já foi anulado em abril a pedido do Ministério Público Estadual, é alvo de novas denúncias por parte de seus candidatos. Desde a semana passada, circula entre participantes do certame um e-mail que contém uma lista de pessoas que teriam sido favorecidas na seleção. Seriam supostos 'apadrinhados políticos' classificados nas provas objetivas da segunda vez que o concurso foi realizado. Muitas reclamações também foram encaminhadas ao Blog da Redação do Paraíba1.
Outra queixa dos candidatos é de que a mesma empresa responsável pela organização do primeiro concurso anulado - a Advise Consultoria - foi contratada novamente, e agora cuida dos trâmites do segundo certame. O objetivo da seleção é preencher cargos temporários vinculados a programas federais, como o Programa Saúde da Família (PSF), Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) e Pró-Jovem.
Na lista de aprovados, conforme a denúncia dos candidatos, constam a mãe do prefeito Eduardo Carneiro de Brito, Lúcia Carneiro de Brito, o sobrinho dele, Felipe de Brito Vieira, o chefe de gabinete Elisandro Bezerra Barbosa, além de filhos e cônjuges de secretários e aliados do chefe do Executivo.
Um dos casos 'intrigantes' é o do assessor de comunicação da Prefeitura, Genilson Mendonça da Costa, que foi aprovado para dois cargos: auxiliar administrativo e digitador (este em primeiro lugar). O porém é que o item 2.3.1 do edital prevê que os candidatos só poderiam se inscrever para um cargo.
No dia da aplicação das provas objetivas, em 22 de maio, a Delegacia de Polícia Civil de Mamanguape registrou cerca de 40 boletins de ocorrência de candidatos que se sentiram prejudicados porque não encontraram seus nomes nas listas de inscritos e foram impedidos de entrar nas salas.
Paraiba 1
