Luiz Couto lembra os quatro anos da execução do advogado Manoel Mattos

No retorno ao plenário da Câmara Federal, o deputado Luiz Couto (PT-PB) lembrou das vítimas de grupos de extermínio no Brasil, recordando que no último 24 de janeiro completou quatro anos da execução do advogado Manoel de Bezerra Mattos, defensor dos direitos humanos que atuava em Itambé (PE).

Segundo o parlamentar, o assassinato de Manoel Mattos evidência a inconsistência das políticas de proteção à vida no Brasil. Como prova disto, prosseguiu Couto, o processo do advogado só entrou na esfera federal depois de muita luta e insistência, a qual trouxe à tona algumas questões que permanecem graves, como a debilidade das políticas de proteção a defensores e a participação ativa de agentes do estado em grupos de extermínio. “Há, ainda, uma consequente falta de independência de órgãos públicos locais para investigar e julgar certos crimes”, acrescentou.

Luiz Couto informou que participou de um evento na Paraíba intitulado ‘Pela Memória e Luta pelos Direitos Humanos’, que discutiu o caso Manoel Mattos e os desdobramentos do processo federalizado, “onde tivemos a presença e participação de membros da comissão que acompanha o processo de julgamento e execução de Mattos, do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), nas pessoas de Dr. Percílho e da Dra. Ivana, da Ouvidora de Polícia do Estado da Paraíba, Dra. Valdênia, e do Promotor que será o responsável pela acusação dos matadores do advogado, além da mãe da vítima, Nair Ávila”.

Couto defendeu que o 24 de janeiro seja lembrado como um dia da perda violenta de um símbolo do combate na luta por direitos humanos, “e que através deste e de outros que morreram combatendo o bom combate, nós defensores dos direitos humanos devemos estar unidos, neste ano de 2013, para lutar contra todas as redes de criminosos que atuam no país”.

História

Manoel Bezerra de Mattos foi advogado e vereador de um município chamado Itambé e vice-presidente do PT de Pernambuco. No decorrer de sua caminhada Mattos, dedicou-se à defesa de trabalhadores rurais e à denúncia incansável da atuação de grupos de extermínio na região da divisa entre os estados de Pernambuco e Paraíba. Depois de quase uma década, denunciando publicamente que corria risco de ser assassinado e exigindo das autoridades a garantia de sua proteção, Mattos foi assassinado por pistoleiros.

O crime está sendo apurado pela Justiça Federal na Paraíba que decidiu levar a júri popular os cinco acusados de terem participado do assassinato de Manoel de Mattos Neto. Os acusados são o sargento da PM Flávio Inácio Pereira e Cláudio Roberto Borges - apontados como mandantes - , José da Silva Martins e Sérgio Paulo da Silva - denunciados como executores - e José Nilson Borges - irmão de Cláudio e dono da arma. Quatro deles já estão presos. Sérgio está foragido.
Ascom Dep. Luiz Couto
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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Luiz Couto lembra os quatro anos da execução do advogado Manoel Mattos

No retorno ao plenário da Câmara Federal, o deputado Luiz Couto (PT-PB) lembrou das vítimas de grupos de extermínio no Brasil, recordando que no último 24 de janeiro completou quatro anos da execução do advogado Manoel de Bezerra Mattos, defensor dos direitos humanos que atuava em Itambé (PE).

Segundo o parlamentar, o assassinato de Manoel Mattos evidência a inconsistência das políticas de proteção à vida no Brasil. Como prova disto, prosseguiu Couto, o processo do advogado só entrou na esfera federal depois de muita luta e insistência, a qual trouxe à tona algumas questões que permanecem graves, como a debilidade das políticas de proteção a defensores e a participação ativa de agentes do estado em grupos de extermínio. “Há, ainda, uma consequente falta de independência de órgãos públicos locais para investigar e julgar certos crimes”, acrescentou.

Luiz Couto informou que participou de um evento na Paraíba intitulado ‘Pela Memória e Luta pelos Direitos Humanos’, que discutiu o caso Manoel Mattos e os desdobramentos do processo federalizado, “onde tivemos a presença e participação de membros da comissão que acompanha o processo de julgamento e execução de Mattos, do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), nas pessoas de Dr. Percílho e da Dra. Ivana, da Ouvidora de Polícia do Estado da Paraíba, Dra. Valdênia, e do Promotor que será o responsável pela acusação dos matadores do advogado, além da mãe da vítima, Nair Ávila”.

Couto defendeu que o 24 de janeiro seja lembrado como um dia da perda violenta de um símbolo do combate na luta por direitos humanos, “e que através deste e de outros que morreram combatendo o bom combate, nós defensores dos direitos humanos devemos estar unidos, neste ano de 2013, para lutar contra todas as redes de criminosos que atuam no país”.

História

Manoel Bezerra de Mattos foi advogado e vereador de um município chamado Itambé e vice-presidente do PT de Pernambuco. No decorrer de sua caminhada Mattos, dedicou-se à defesa de trabalhadores rurais e à denúncia incansável da atuação de grupos de extermínio na região da divisa entre os estados de Pernambuco e Paraíba. Depois de quase uma década, denunciando publicamente que corria risco de ser assassinado e exigindo das autoridades a garantia de sua proteção, Mattos foi assassinado por pistoleiros.

O crime está sendo apurado pela Justiça Federal na Paraíba que decidiu levar a júri popular os cinco acusados de terem participado do assassinato de Manoel de Mattos Neto. Os acusados são o sargento da PM Flávio Inácio Pereira e Cláudio Roberto Borges - apontados como mandantes - , José da Silva Martins e Sérgio Paulo da Silva - denunciados como executores - e José Nilson Borges - irmão de Cláudio e dono da arma. Quatro deles já estão presos. Sérgio está foragido.
Ascom Dep. Luiz Couto

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