Esporte: 1º dia: Brasil ganha de virada e 8 cidades enfrentam protestos

O Brasil fez todos os quatro gols da partida de estreia na Copa, mas um deles foi para o adversário. Aos 10 minutos do primeiro tempo, Marcelo marcou o primeiro – para a Croácia. E depois do jogo ele ainda apareceu para entrevista vestindo a camisa branca e vermelha. Foi o primeiro gol contra do Brasil em 19 Copas.
Com dois gols de Neymar e um de Oscar, o jogo terminou com uma polêmica: houve ou não pênalti? Aos 23 minutos do segundo tempo, Fred caiu e o árbitro Yuichi Nishimura marcou falta, dando ao Brasil a chance de marcar.
O técnico da Croácia, Niko Kovac, bateu forte na arbitragem após a derrota: “Se alguém viu pênalti em qualquer lugar do estádio, que levante a mão. Eu não consigo levantar a mão. Não acredito que aquilo tenha sido pênalti. É ridículo.”
“Foi melhor do que imaginei. O que eu sonhava era com a vitória, mas estrear em Copa do Mundo com dois gols é uma felicidade muito grande”, disse o artilheiro do jogo.
Festa da abertura
A Arena Corinthians, no bairro paulista de Itaquera, ficou lotada para a abertura da Copa. Com a cultura brasileira como tema, a cerimônia começou às 15h15 e durou 25 minutos. O destaque foi o show de Claudia Leitte, Pitbull e Jennifer Lopez, que cantaram a música oficial da competição “We Are One”. Ao final, as musas até arriscaram uma sambadinha no gramado.
Jennifer Lopez, Pitbull e Claudia Leitte cantam música temática da Copa
(Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters)
 Um dos momentos mais esperados do dia quase passou despercebido: o pontapé inicial. Juliano Pinto, 29 anos, que tem paraplegia, deu um “chute simbólico” em uma bola de futebol usando o exoesqueleto desenvolvido pela equipe do neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis. Mas foi tudo bem rápido.

“Fora, Dilma!”
A presidente Dilma Rousseff, que nem arriscou fazer discurso na cerimônia de abertura, ouviu vaias e xingamentos durante todo o evento. Vestida de verde, ela acompanhou o jogo ao lado do presidente da Fifa, Joseph Blatter, na Arena Corinthians, e Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU.
No chão
Alguns torcedores pagaram quase R$ 1 mil reais para sentar no chão. Os ingressos deles apontavam para uma fileira sem assentos. De acordo com a Fifa, esses lugares não deveriam ser vendidos, e a organização conseguiu realocar os torcedores em outras cadeiras da mesma categoria antes do início do confronto entre Brasil e Croácia.
Manifestações
A abertura oficial teve protestos pelo país, com bombas de gás, balas de borracha, pessoas feridas e manifestantes detidos. Houve confrontos em São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus, Porto Alegre, Belo Horizonte, Distrito Federal, Fortaleza e Salvador. Segundo balanços divulgados pelas polícias militares até o início da noite, ao todo, 53 pessoas haviam sido detidas.
Manifestante é detido pela polícia durante um protesto que tentou bloquear na Radial Leste, nos aredores da Estação Carrão da Linha 3-Vermelha do Metrô de São Paulo na manhã desta quinta-feira (12)
(Foto:Robson Fernandjes/Estadão Conteúdo)
Em São Paulo, os enfrentamentos ocorreram nas estações Tatuapé e Carrão do metrô. Nesta, pelo menos cinco jornalistas ficaram feridos com estilhaços de bomba de efeito moral.

A organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional divulgou um protesto contra a repressão policial de uma manifestação na capital paulista. “Damos cartão amarelo para a Polícia Militar de São Paulo”, explicou o diretor da organização no Brasil, Átila Roque.
No Rio de Janeiro, os manifestantes caminharam até a Fan Fest, em Copacabana, onde houve tumulto, mas ninguém ficou ferido. Uma manifestação de aeroviários na Avenida Vinte de Janeiro, que dá acesso ao Aeroporto Antônio Carlos Jobim (Galeão), na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio, fez vários passageiros perderem seus voos. Pela manhã, o terminal funcionava normalmente, apesar da paralisação da categoria, que começou à 0h, mas o protesto atrasou vários viajantes que tentavam chegar ao local.
Em meio ao jogo e protestos, policiais militares foram flagrados revendo um gol da seleção brasileira pelo celular, no Rio. Veja a foto.
Torcida pelo Brasil e pelo mundo
Os protestos não inibiram o clima de festa nas cidades. São Paulo começou a senti-lo ainda na noite de quarta (11). Na Vila Madalena, bairro boêmio da cidade, torcedores de várias nacionalidades – inclusive muitos croatas, adversários do Brasil na estreia – lotaram os bares e interromperam o trânsito com a festa de rua. A multidão fez uma prévia do carnaval que promete tomar conta das cidades-sede.
Jovens querem lugar de Larissa Riquelme
(Foto: Tatiana Santiago/G1)
Um grupo de modelos paraguaias, que tentam repetir fama de Larissa Riquelme, chegou nesta manhã ao Brasil e foi direto para a Arena Corinthians.
 Na arquibancada do Itaquerão, torcedoras anônimas chamaram atenção pela beleza. Confira galeria de fotos.
Na avenida Paulista, cheia de torcedores, um croata deu um beijo na repórter Sabina Simonato, da TV Globo, durante transmissão ao vivo.
A festa também tomou conta das ruas de Recife.
Torcida na Fan Fest Recife
(Foto:Luna Markman / G1)

Em Manaus, 26 mil pessoas foram à Fan Fest, que acontece em um dos principais cartões-postais amazonenses, a Praia da Ponta Negra, para ver o jogo em um telão gigante.
A vibração pela seleção chega aos lugares mais inóspitos. Militares na estação brasileira antártica acompanham a Copa pela TV. A temperatura local nesta quinta está -10ºC e luz do sol dura até 4h por dia.
Militares brasileiros que estão na Antártica montaram até boneco de neve para torcer pela Seleção Brasileira durante a Copa do Mundo
(Foto: Frederico Muthz/Arquivo Pessoal)
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sexta-feira, 13 de junho de 2014

Esporte: 1º dia: Brasil ganha de virada e 8 cidades enfrentam protestos

O Brasil fez todos os quatro gols da partida de estreia na Copa, mas um deles foi para o adversário. Aos 10 minutos do primeiro tempo, Marcelo marcou o primeiro – para a Croácia. E depois do jogo ele ainda apareceu para entrevista vestindo a camisa branca e vermelha. Foi o primeiro gol contra do Brasil em 19 Copas.
Com dois gols de Neymar e um de Oscar, o jogo terminou com uma polêmica: houve ou não pênalti? Aos 23 minutos do segundo tempo, Fred caiu e o árbitro Yuichi Nishimura marcou falta, dando ao Brasil a chance de marcar.
O técnico da Croácia, Niko Kovac, bateu forte na arbitragem após a derrota: “Se alguém viu pênalti em qualquer lugar do estádio, que levante a mão. Eu não consigo levantar a mão. Não acredito que aquilo tenha sido pênalti. É ridículo.”
“Foi melhor do que imaginei. O que eu sonhava era com a vitória, mas estrear em Copa do Mundo com dois gols é uma felicidade muito grande”, disse o artilheiro do jogo.
Festa da abertura
A Arena Corinthians, no bairro paulista de Itaquera, ficou lotada para a abertura da Copa. Com a cultura brasileira como tema, a cerimônia começou às 15h15 e durou 25 minutos. O destaque foi o show de Claudia Leitte, Pitbull e Jennifer Lopez, que cantaram a música oficial da competição “We Are One”. Ao final, as musas até arriscaram uma sambadinha no gramado.
Jennifer Lopez, Pitbull e Claudia Leitte cantam música temática da Copa
(Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters)
 Um dos momentos mais esperados do dia quase passou despercebido: o pontapé inicial. Juliano Pinto, 29 anos, que tem paraplegia, deu um “chute simbólico” em uma bola de futebol usando o exoesqueleto desenvolvido pela equipe do neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis. Mas foi tudo bem rápido.

“Fora, Dilma!”
A presidente Dilma Rousseff, que nem arriscou fazer discurso na cerimônia de abertura, ouviu vaias e xingamentos durante todo o evento. Vestida de verde, ela acompanhou o jogo ao lado do presidente da Fifa, Joseph Blatter, na Arena Corinthians, e Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU.
No chão
Alguns torcedores pagaram quase R$ 1 mil reais para sentar no chão. Os ingressos deles apontavam para uma fileira sem assentos. De acordo com a Fifa, esses lugares não deveriam ser vendidos, e a organização conseguiu realocar os torcedores em outras cadeiras da mesma categoria antes do início do confronto entre Brasil e Croácia.
Manifestações
A abertura oficial teve protestos pelo país, com bombas de gás, balas de borracha, pessoas feridas e manifestantes detidos. Houve confrontos em São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus, Porto Alegre, Belo Horizonte, Distrito Federal, Fortaleza e Salvador. Segundo balanços divulgados pelas polícias militares até o início da noite, ao todo, 53 pessoas haviam sido detidas.
Manifestante é detido pela polícia durante um protesto que tentou bloquear na Radial Leste, nos aredores da Estação Carrão da Linha 3-Vermelha do Metrô de São Paulo na manhã desta quinta-feira (12)
(Foto:Robson Fernandjes/Estadão Conteúdo)
Em São Paulo, os enfrentamentos ocorreram nas estações Tatuapé e Carrão do metrô. Nesta, pelo menos cinco jornalistas ficaram feridos com estilhaços de bomba de efeito moral.

A organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional divulgou um protesto contra a repressão policial de uma manifestação na capital paulista. “Damos cartão amarelo para a Polícia Militar de São Paulo”, explicou o diretor da organização no Brasil, Átila Roque.
No Rio de Janeiro, os manifestantes caminharam até a Fan Fest, em Copacabana, onde houve tumulto, mas ninguém ficou ferido. Uma manifestação de aeroviários na Avenida Vinte de Janeiro, que dá acesso ao Aeroporto Antônio Carlos Jobim (Galeão), na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio, fez vários passageiros perderem seus voos. Pela manhã, o terminal funcionava normalmente, apesar da paralisação da categoria, que começou à 0h, mas o protesto atrasou vários viajantes que tentavam chegar ao local.
Em meio ao jogo e protestos, policiais militares foram flagrados revendo um gol da seleção brasileira pelo celular, no Rio. Veja a foto.
Torcida pelo Brasil e pelo mundo
Os protestos não inibiram o clima de festa nas cidades. São Paulo começou a senti-lo ainda na noite de quarta (11). Na Vila Madalena, bairro boêmio da cidade, torcedores de várias nacionalidades – inclusive muitos croatas, adversários do Brasil na estreia – lotaram os bares e interromperam o trânsito com a festa de rua. A multidão fez uma prévia do carnaval que promete tomar conta das cidades-sede.
Jovens querem lugar de Larissa Riquelme
(Foto: Tatiana Santiago/G1)
Um grupo de modelos paraguaias, que tentam repetir fama de Larissa Riquelme, chegou nesta manhã ao Brasil e foi direto para a Arena Corinthians.
 Na arquibancada do Itaquerão, torcedoras anônimas chamaram atenção pela beleza. Confira galeria de fotos.
Na avenida Paulista, cheia de torcedores, um croata deu um beijo na repórter Sabina Simonato, da TV Globo, durante transmissão ao vivo.
A festa também tomou conta das ruas de Recife.
Torcida na Fan Fest Recife
(Foto:Luna Markman / G1)

Em Manaus, 26 mil pessoas foram à Fan Fest, que acontece em um dos principais cartões-postais amazonenses, a Praia da Ponta Negra, para ver o jogo em um telão gigante.
A vibração pela seleção chega aos lugares mais inóspitos. Militares na estação brasileira antártica acompanham a Copa pela TV. A temperatura local nesta quinta está -10ºC e luz do sol dura até 4h por dia.
Militares brasileiros que estão na Antártica montaram até boneco de neve para torcer pela Seleção Brasileira durante a Copa do Mundo
(Foto: Frederico Muthz/Arquivo Pessoal)

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