Mães que compareceram na manhã desta quarta-feira (11) ao Complexo de Pediatria Arlinda Marques receberam informações sobre cardiopatia congênita. A ação foi realizada pela Associação de Assistência à Criança Cardiopata – (AACC) – em parceria com a unidade hospitalar. No horário das 8h às 11h, houve distribuição de folders e balões em formato de coração com mães e crianças.
A dona de casa Maria das Graças esteve no Arlinda Marques em busca de atendimento para o filho de três anos. Depois de ser atendida, ela recebeu um folder contendo informações sobre a cardiopatia congênita e elogiou a iniciativa. “Muita boa essa campanha. Eu já ouvi falar muito nessa doença e sei como as crianças sofrem junto com os pais”, disse.
Rosa dos Anjos de Araújo também foi com o filho para ser atendido no hospital e ficou sabendo da campanha. Ela contou que uma vizinha sua tem uma criança com um problema no coração e por isso conhece de perto o sofrimento da família, já que a criança vive à base de medicamentos e está esperando para fazer uma cirurgia. “Esse tipo de ação é muito bom para alertar a população sobre esse problema, que não é fácil de ser resolvido”, destacou.
O Hospital Arlinda Marques é referência na área de cardiopatia congênita para todo o Estado, numa parceria com a ONG Círculo do Coração, do Recife, que criou a Rede de Cardiologia Pediátrica Paraíba/Pernambuco e hoje engloba mais de 20 serviços de saúde credenciados em todo o Estado. “É mais um parceiro que junta a gente nessa luta para salvar crianças cardiopatas em nosso Estado”, disse o diretor geral do Arlinda Marques, Bruno Leandro de Souza, ao falar sobre a importância dessa campanha.
Cardiopatia Congênita – Cardiopatia Congênita é qualquer anormalidade na estrutura, ou função do coração, que surge nas primeiras 8 semanas de gestação, quando se forma o coração do bebê. Ocorre por uma alteração no desenvolvimento embrionário da estrutura cardíaca, mesmo que descoberto no nascimento ou anos mais tarde. É o defeito congênito mais comum e uma das principais causas de óbitos relacionadas a malformações congênitas.
Sintomas – Transpiração excessiva e cansaço durante as mamadas, respiração acelerada enquanto descansa, pouco apetite associado a baixo ganho de peso e irritação frequente são alguns dos sintomas de cardiopatia em bebês – cerca de 80% deles terão que passar por cirurgias de correção e todos necessitam de cuidados especiais, segundo o alerta Márcia Adriana Rebordões, presidente da AACC Pequenos Corações.
Teste do Coraçãozinho – Como forma de diagnóstico atualmente já é lei em vários estados brasileiros o ‘Teste do Coraçãozinho’, um exame simples, rápido e não invasivo, que pode indicar a probabilidade da criança ter uma cardiopatia congênita grave. O teste mede a concentração de oxigênio no sangue e pode indicar um defeito cardíaco, para que a criança inicie o tratamento o mais rápido. O teste deve ser feito ainda na maternidade, antes da alta do bebê.
Na Paraíba, o teste é obrigatório em todas as maternidades públicas e particulares do Estado, através da Lei nº 9.584 de 13 de Dezembro de 2011. Por isso as famílias devem exigir a realização do teste, e se informar sobre o resultado.
Outra forma de diagnóstico precoce importante é o ultrassom morfológico mais atento ao coração do bebê. Neste exame o médico ultrassonografista pode desconfiar de alguma malformação cardíaca e encaminhar a gestante para a realização de um ecocardiograma fetal. Um cardiologista pediátrico faz um ultrassom do coração do feto, detectando assim o defeito cardíaco. O ecocardiograma fetal é também indicado para todas as gestantes consideradas de risco, como com idade superior a 35 anos, outros filhos cardiopatas, portadoras de diabetes ou lúpus, com fetos com outras alterações ou com alteração no cariotipo (suspeita de síndromes), entre outros.
Da Redação: com Secom PB
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