O cientista político Henrique Artigas, comentou em entrevista ao Sistema Arapuan de Comunicação nesta segunda (29), que a uma semana das eleições ainda não é possível saber se haverá ou não segundo turno na Paraíba e que quem pode fazer o diferencial é o candidato do PMDB, senador Vital do Rego Filho mais as abstinências, votos brancos e nulos.
“Se for computar as pesquisas já divulgadas hoje teríamos a eleição em primeiro turno, mas a diferença entre Cássio Cunha Lima (PSDB) e Ricardo Coutinho (PSB) é muito pequena. Durante o transcurso dessa semana pode se alterar significativamente esse quadro”, explica.
De acordo com o cientista, Ricardo vem num crescimento desde o início da campanha e um crescimento em intenções de voto sólido e contínuo. “Se continuar nessa curva de crescimento há chance muito grande de haver um segundo turno”, diz.
O condicionante para o segundo turno, para Artigas, é a votação de Vital. “Se ele realmente não conservar a indicação de votos de 3% a 4% pode favorecer Cássio. Agora que as intenções de voto estão muito próximas (de Cássio e Ricardo), a possibilidade ou não de ocorrência de segundo turno passa a ser cada vez mais importante o numero médio de abstenções, votos brancos e nulos,. Quanto maior for esse percentual, menores as chances de segundo turno”, explica.
Para Artigas, é preciso olhar principalmente o PMDB , votos brancos e nulos. “Ainda há um jogo a ser jogado até o próximo domingo, ainda não há garantia certa”, conta.
O cientista não vê esta eleição como atípica e classificaria assim, se Vital tivesse crescido significativamente, e diferente das eleições anteriores houvessem três forças preponderantes. “Novamente estamos verificando uma eleição bipolarizada”, explica, ressaltando, porém que o PSB é ‘uma força política relativamente nova contra o PSDB que é mais tradicional’.
Artigas também acrescentou as regiões de domínio político. “Ricardo já foi duas vezes prefeito de João Pessoa e tem uma maior concentração e apoio na Capital e grande João Pessoa. Enquanto Cássio, é o nome mais importante da política de Camopina Grande e região e esses são os dois pólos de disputa”, diz. E acrescentou que Vtal que é a segunda força política de Campina Grande não demonstrou capacidade competitiva.
“São dois modelos de jogo. De um lado o forte peso tradicionalista e de outro mais racionalizador voltado mais para a administração e menos para a política”, aponta.
Com Marília Domingues e Fernando Braz
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