O Conselho Tutelar da Região da Praia reforçará as fiscalizações contra a presença de crianças em bares e exploração sexual infantil nas praias da Grande João Pessoa durante o verão. De acordo com o conselheiro André Lima, da Região da Praia, a ação será feita a partir de dezembro em parceria com o Ministério Público da Paraíba (MPPB), a Polícia Militar da Paraíba (PMPB), a Guarda Civil Municipal e a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), além dos demais conselhos da cidade.
Segundo Lima, a ação terá duas operações. A primeira é a noturna, na qual a fiscalização passará pelos bares e orlas das praias. As inspeções acontecerão durante toda a semana, sendo intensificadas das quintas aos domingos com a presença dos outros órgãos. “Nós adentramos nos ambientes de bares, abordando quem tem características de ser criança ou adolescente, para que apresentem documentação e tenhamos certeza de que são menores”, explica. Havendo consumo de bebida por menores de idade, os agentes levarão as crianças, donos de estabelecimentos e os responsáveis para a sede do conselho.
A segunda operação, de acordo com André Lima, levará em conta a prostituição infantil. “Como a prostituição em si não é crime, seja por mulheres ou homens, nós intensificamos a fiscalização para detectar se há criança se prostituindo nessa área”, afirma.
Para Luiz Brilhante, conselheiro tutelar da Região Norte, a área litorânea tem a maior incidência de casos de exploração infantil. “É onde tem os bares, os famosos restaurantes, os estacionamentos, os festivais de verão e a bebida. É ainda onde tem o perigo com pessoas que estão querendo explorá-las”, esclarece.
Luiz Brilhante conta que nas férias também há tendência de aumentar outros os casos de abuso. “As mães os levam para pedir esmola, porque sabem que a praia está cheia. Também tem a figura do cafetão, que pode explorar aquela criança, então precisa ter esse tipo cuidado”, acrescenta. Segundo o conselheiro, o abuso sexual contra crianças tem poucas denúncias, pois a maior parte dos casos acontece de maneira interna. “A maior dificuldade nossa com relação à exploração é porque 85% está dentro de casa.
Sempre quem alicia está dentro de casa”, relata.
O conselheiro ainda não tem dados da quantidade de denúncias contra abuso infantil realizadas neste ano, mas apontou que, somente no ano passado, o Conselho Tutelar de João Pessoa atendeu mais de cinco mil casos.
Redação: com Jornal da Paraíba
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