Os valores cobrados pelo metro cúbico irão variar de acordo com o uso
dos recursos hídricos: irrigantes e agropecuários vão pagar R$ 0,003;
piscicultores e carcinicultores, R$ 0,005; abastecimento público, uso no
setor do comércio, indústria e para lançamento de efluentes, R$ 0,012.
"A cobrança vai ser um elemento que também vai ajudar na economia, tão
importante nesta época de estiagem", afirmou o secretário de Estado dos
Recursos Hídricos, Infraestrutura, Ciência e Tecnologia, João Azevedo.
"Com a instalação de hidrômetros os grandes irrigantes vão saber
exatamente quanto estão gastando e isso vai contribuir para diminuir o
desperdício", declarou.
A quantidade mínima para a cobrança também irá variar de acordo com a
localização dos consumidores. Para os usuários localizados na bacia do
Rio Paraíba, bacia do Litoral Norte e onde não existem comitês a
cobrança vai ser implantada para quem consome acima de 350 mil metros
cúbicos por ano; já para os localizados na bacia do Litoral Sul, para
quem consome acima de 1.500.000 metros cúbicos por ano.
Cobrança no primeiro trimestre - De acordo com o presidente da Agência
Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), João Fernandes, a
agência está concluindo as ações necessárias para iniciar a cobrança,
que pode ser implantada ainda no primeiro trimestre. "Essa cobrança já
acontece em mais de 20 bacias hidrográficas no Brasil, inclusive aqui no
Nordeste, no Ceará", destacou.
A cobrança pelo uso da água bruta também será tema de debate na primeira
reunião do Comitê das Bacias Hidrográficas do Litoral Sul que será
realizada na próxima terça-feira (3) no auditório do DER, em João
Pessoa.
blog do Ricardo Pereira
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