A criatividade e a técnica de 500 artesãos estarão expostos em seus trabalhos no 20º Salão do Artesanato da Paraíba até o dia 6 de julho, numa área de 3.800 metros quadrados antes ocupada pela concessionária Ourovel, no bairro do Catolé (Avenida Severino Bezerra Cabral (antiga Avenida Brasília).
O evento foi aberto na noite desse sábado (14) pelo governador Ricardo Coutinho, pela primeira-dama do Estado e presidente do Programa de Artesanato da Paraíba (PAP), Pâmela Bório, e pelo vice-govenador Rômulo Gouveia.
Desde o sábado até o dia 29 deste mês, o salão ficará aberto ao público de 11h até 22h, e no período que vai do dia 30 de junho a 6 de julho o horário de visitação será de 15h às 22h.
O governador Ricardo Coutinho desejou aos artesãos bons negócios e explicou que a estratégia de apoio governamental ao setor se baseia na premissa da qualificação da produção e da sua apresentação, visando conquista de mercados.
O fato de Campina Grande estar sendo visitada por muitos turistas durante o Maior São João do Mundo tornou-se estratégico para a realização do Salão de Artesanato.
O Governo do Estado destinou crédito de mais de R$ 1 milhão para que os artesãos invistam em matéria prima e produzam mais.
Pâmela Bório, revelou que a tipologia homenageada neste ano é a cerâmica com e o tema é “Da terra, a nossa arte”. “Esse é o espaço que contempla toda uma expressão cultural da Paraíba, do artesanato à gastronomia, com iguarias típicas às vestimentas tradicionais, utensílios diversos”, explica.
Ela afirma que ano após ano, o evento tem conseguido aumentar o volume de vendas e ampliar o número de visitantes. Os 500 expositores desta edição do salão representam os 6 mil artesãos cadastrados no PAP.
Agrupamentos quilombolas e indígenas também expõem seus talentos. “Esse é um espaço realmente de representação da nossa identidade, espaço de manifestação da nossa autenticidade”, diz Pâmela Bório.
O vice-governador Rômulo Gouveia disse que a expectativa é de que mais uma vez as vendas batam recordes. Ele lembrou que arranjos produtivos estão sendo financiados pelo Empreender-PB, programa de crédito subsidiado do Governo do Estado destinado à área produtiva.
Também participaram da solenidade de abertura do salão a deputada Eva Gouveia, os secretários Thompson Mariz (Planejamento e Gestão), Renato Feliciano (Turismo e Desenvolvimento Econômico), Gilma Germano (Interiorização), Ruth Avelino (PBTur) e Eduardo Moraes (executivo do Empreender).
Telão para Copa – Visitantes e artesãos podem acompanhar o jogos da Copa do Mundo em uma área com telão instalado, de maneira que quem estiver trabalhando ou em visita não deixa de acompanhar o maior evento do futebol mundial.
A química ambiental Eduarda Guimarães, de Curitiba, visita Campina Grande pela primeira vez e elogiou a diversidade do artesanato paraibano: “Conheço bastante de artesanato, minha mãe lá no Sul trabalhou muito nessa área, e vejo que essa é uma das feiras mais diversificadas. Tem arte em cerâmica até na casca de marisco, escama de peixe. Gostei muito do que vi aqui”.
Ladjane Barbosa, gestora do PAP, afirmou que o objetivo do salão é proporcionar boas vendas e ampliar a exposição da criação: “Talento é o que não falta a esses artesãos”. Ladjane disse que tem recebido e-mails de lojistas de vários Estados confirmando presença para realizar negócios com os artesãos, com perspectiva de fazer grandes encomendas.
A primeira área do salão foi reservada para os artesãos ceramistas, entre eles Nevinha Paiva, Chico Ferreira, Tê Cavalcanti e Francicleide Cavalcanti, esta última natural de Campina Grande e hoje residindo em Alhandra. Ela e o marido organizam oficinas para ensinar jovens da região a técnica de criar artesanato a partir da argila. O casal levou para o salão 50 peças, algumas esculturas de santos com mais de um metro de altura.
Lindalva Maria Andrade e Ana Andrade Nery, mãe e filha, produzem bonecas de pano no atiliê que montaram em sua casa no bairro de Mangabeira, em João Pessoa. Já participaram de feiras em vários Estados e mais uma vez estão expondo em Campina Grande.
A artesã Rildaci Alves, de Acaú, praia de Pitimbu, desenvolve a arte com casco de marisco triturado. Já Tereza Júlio, de Cabedelo, há 11 anos usa a técnica do artesanato com escamas de peixe e produz belas flores e objetos. “Temos hoje 50 mulheres paraibanas trabalhando essa arte. Aqui, mais uma vez, venderemos todas as peças. Se a gente traz R$ 10 mil em peças, todas são vendidas e o lucro é ótimo”, garante.
Todas as tipologias do artesanato paraibano estão expostas: fios, madeira, algodão colorido, fibra, cerâmica, couro, tecelagem, brinquedo, pedra, metal, osso, artesanato indígena, cordel, xilogravura e habilidades manuais, além da própria gastronomia regional, que conta com área específica.
Maior visibilidade – O superintendente do Sebrae, Luiz Alberto Amorim, acha que a nova área onde está o Salão de Artesanato garante maior visibilidade ao próprio evento e, consequentemente, à produção artística. “O salão está a apenas dois quilômetros do Parque do Povo, onde se realiza a maior festa junina popular do mundo, com proximidade também da rede hoteleira e na principal avenida da cidade. Então a expectativa é que as vendas superem ás do ano passado”, argumenta.
O Programa do Artesanato Paraibano é vinculado à Secretaria de Estado de Turismo Desenvolvimento Econômico. O evento conta com o apoio do Governo Federal, Programa de Artesanato Brasileiro (PAB), Sebrae-PB e Governo do Estado da Paraíba.
Da Redação: com Secom PB
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