DILMA PROMETE MEDIDAS DRÁSTICAS SEM ATINGIR OS PROGRAMAS SOCIAIS DO GOVERNO

presidente Dilma Rousseff afirmou hoje (22), durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, que o governo terá que anunciar medidas “drásticas”, mas garantiu que “isso não significa os programas sociais. Teremos que ter controle maior sobre outros gastos e fazer algumas reformas”.

Na saída do evento, Dilma Rousseff admitiu que pretende abrir o capital da Caixa Econômica Federal, mas disse que esse é um processo “demorado”. A informação foi confirmada por assessores da Presidência da República.

Ainda sobre os programas sociais, no café da manhã, a presidente citou o exemplo do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que cria estímulos para diversos setores com linhas de investimento diferenciadas. “É possível balancear, reduzindo a zero o subsídio, mantendo apenas os de áreas melhores”, explicou.

Apesar de antecipar o cenário econômico difícil a partir do próximo ano, a presidente mostrou otimismo e afirmou ter certeza de que o Brasil sentirá uma recuperação, independentemente dos resultados de outras economias. “A inflação não saiu do controle. O Brasil continua com grandes reservas e estamos tomando providencias para melhorar nossa produtividade”, destacou.

Perguntada sobre o valor que será buscado pelo governo para o ajuste fiscal no próximo ano, a presidente não confirmou que a cifra seja de R$ 100 bilhões, como foi divulgado na imprensa paulista. Segundo ela, o assunto ainda não foi discutido pelo governo e é preciso esperar. “Não vou discutir quais medidas tomar de forma teórica. O tempo de vocês é um e o meu é outro”, afirmou.

Ao analisar o cenário mundial, Dilma Rousseff afirmou que o processo de crise que atingiu todos as nações perdurou por mais tempo do que o estimado pelo mercado internacional e a recuperação da economia internacional “anda de lado”, mesmo para os Estados Unidos “que têm uma economia muito dinâmica”.

A presidente reconheceu os problemas enfrentados pelos países emergentes, mas, ao comentar a situação dos Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), negou que a Rússia esteja vivendo “a beira de uma crise econômica”. Segundo ela, a economia russa passou por uma turbulência monetária, “mas tem reservas suficientes”.

Para a presidente, o mundo ainda passará por uma nova turbulência, mas não haverá uma grande crise com especulações sobre moedas e países. “Não acho que os Brics vão ter grande problema. O problema dos Brics não é financeiro. Não há nenhum na beira da catástrofe. Todos têm reservas, são todos países [que] de uma forma ou de outra estão numa situação estável”, avaliou.
Agência Brasil
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segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

DILMA PROMETE MEDIDAS DRÁSTICAS SEM ATINGIR OS PROGRAMAS SOCIAIS DO GOVERNO

presidente Dilma Rousseff afirmou hoje (22), durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, que o governo terá que anunciar medidas “drásticas”, mas garantiu que “isso não significa os programas sociais. Teremos que ter controle maior sobre outros gastos e fazer algumas reformas”.

Na saída do evento, Dilma Rousseff admitiu que pretende abrir o capital da Caixa Econômica Federal, mas disse que esse é um processo “demorado”. A informação foi confirmada por assessores da Presidência da República.

Ainda sobre os programas sociais, no café da manhã, a presidente citou o exemplo do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que cria estímulos para diversos setores com linhas de investimento diferenciadas. “É possível balancear, reduzindo a zero o subsídio, mantendo apenas os de áreas melhores”, explicou.

Apesar de antecipar o cenário econômico difícil a partir do próximo ano, a presidente mostrou otimismo e afirmou ter certeza de que o Brasil sentirá uma recuperação, independentemente dos resultados de outras economias. “A inflação não saiu do controle. O Brasil continua com grandes reservas e estamos tomando providencias para melhorar nossa produtividade”, destacou.

Perguntada sobre o valor que será buscado pelo governo para o ajuste fiscal no próximo ano, a presidente não confirmou que a cifra seja de R$ 100 bilhões, como foi divulgado na imprensa paulista. Segundo ela, o assunto ainda não foi discutido pelo governo e é preciso esperar. “Não vou discutir quais medidas tomar de forma teórica. O tempo de vocês é um e o meu é outro”, afirmou.

Ao analisar o cenário mundial, Dilma Rousseff afirmou que o processo de crise que atingiu todos as nações perdurou por mais tempo do que o estimado pelo mercado internacional e a recuperação da economia internacional “anda de lado”, mesmo para os Estados Unidos “que têm uma economia muito dinâmica”.

A presidente reconheceu os problemas enfrentados pelos países emergentes, mas, ao comentar a situação dos Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), negou que a Rússia esteja vivendo “a beira de uma crise econômica”. Segundo ela, a economia russa passou por uma turbulência monetária, “mas tem reservas suficientes”.

Para a presidente, o mundo ainda passará por uma nova turbulência, mas não haverá uma grande crise com especulações sobre moedas e países. “Não acho que os Brics vão ter grande problema. O problema dos Brics não é financeiro. Não há nenhum na beira da catástrofe. Todos têm reservas, são todos países [que] de uma forma ou de outra estão numa situação estável”, avaliou.
Agência Brasil

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